LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

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Acordava aos berros ,ouvindo os nomes mais impróprios
Acostumado à tarja preta,esse era o melhor calmante
Assim é o Amor de... O nome dela grito sem parar
Trocamos elogios às avessas sempre
Bipolares em frequência distinta
Vivíamos o absurdo
Raros ,os momentos de civilidade
Os hematomas,nossas tatuagens
Como ela sorria para mim
Os gritos  eram tantos
Moradores vez ou outra se incomodavam
Acomodado ficava Junto à cômoda
Evitava o convidativo sofá
Queria mesmo ficar perto dela
O chão nunca era duro nesses dias
Zumbidos de insetos orquestravam uma música celeste
Ouvia meu coração
O dela no mesmo ritmo
Abaixo
Romeu e Julieta
Tristão e Isolda
Dante e Beatriz
Capitu e Bentinho
Ah,tantos outros...Meras paixões juvenis
Fora ficção
Quero mais essa realidade
Estar vivo junto a ela
Dentro e fora
Pouco importa o meu corpo depois de morto

Viver assim terá valido a pena

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