LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


sábado, 27 de dezembro de 2014

...

Tudo é percebido, nada escapa
Lavas jorram dos vulcões
Lágrimas queimando ao cair na pele
Não chora amor, ainda é cedo
O amor nunca morre
Se é assim, deixa- o se e te transformar
Lembranças de nós doi
A dor revela a nossa força
Não chora amor, ainda é cedo
Apego-me à s lembranças
São nítidas e fortes
Sinto-as, sente- as também
Em teus cabelos passeio minhas mãos
Se uma brisa toca em teu rosto
Carícias constantes que te dou
Não chora amor, ainda é cedo
Do além velo os teus dias.



CURTA

Destilando verdades indiziveis
A cada porta de si aberta
Um ser avesso às avessas
Montava um mosaico invisível.

CURTA

Espanca a minha flor que é bela
Sussurra aos infernos odores do nosso amor
Grita aos céus as dores do meu peito
Espanca em mim essa flor bela.
( à FLORBELA ESPANCA )



CURTA


Morreu por excesso de glicose
Não era diabético
Era diabesta.




...

Calma, exuberante, sedutora se mostra a imagem
Momento captado, circunstancial ou não
Eterno? É ter no? 
O que há além da moldura? 
Será verdade? 
Será aparência? 
A moldura na imagem, a imagem da moldura
É só moldura
Dura em mim trans formação
Forma ação
Realidade em preto e branco.

Um segundo...

Um segundo amor, ainda há vida
No meu peito uma batalha se trava
Trava em mim sentimentos diversos
Nas idas e vindas da vida, desencontros
Qual o maior medo, a maior dúvida? 
Ouço tua voz na memória
Amo em via única, colisão constante
O que é o tempo? 
A medida do imensurável
Relatividade antagônica entre os seres
O que realmente sabemos? 
Vivemos em mundos paralelos
Dimensões tangíveis e intangíveis
Mesmo espaço, mesma época
Um segundo amor, queima a vida
Nos meus olhos água fervente
A vida ávida vida há
Na tua boca o mel, alimento do Éden
No inferno de nós, o tempo
Tua voz mais forte agora
As brigas as alegrias os desejos as frustrações
Quero tudo
Um segundo contigo basta para minha vida
Sigo - te no inferno no paraíso
Aonde quer que fores...


Por ti...

Deito as palavras no papel
Uma a uma se revoltam
Como filhas bastardas
Buscam legitimidade
A mãe as abandonou
O pai tem destino ignorado
Em busca de sentido seguem agrupadas
Nos pensamentos ecoam
Nos corações arfam
Cada uma tem sua força, poderosas são
Apalavrado em ti sou refém
Em teus ouvidos espalho horrores pudores amor
Cada fonema me transforma
No teu nome se materializa
Exala odores suor e sangue...