LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


domingo, 12 de janeiro de 2014

...

O quarto está vazio agora
Fantasmas foram embora
A enfermeira saiu pensativa
Nada me distrai
Quero fugir
O medo me consome
A fortaleza é uma ilusão
Estou distante de tudo e de todos que querem bem
Se é que me querem
Minha dor ninguém sabe e nunca saberá
Estou farto de todos e os quero junto a mim
Ah morte indesejada e desejada ,inevitável
Assim não te quero
És infalível
Ainda é cedo
Ainda é cedo...
Nunca te busquei,sei que vens
A todos abraça
Por que agora?
Por que agora?
O quarto está escuro e o sono não vem
Não quero que ninguém saiba de mim
Já será tarde
Não quero saber de lágrimas
Serão falsas?
Ao menos uma será verdadeira?
Lembrarão de mim ?
Ah desespero que me invade
Tenho muito a fazer,lugares para ir,livros para ler,amigos e amigas para estar junto
Músicas para ouvir...ah como as adoro,as boas,poucos sabem do que gosto realmente
Meu passamento tem hora marcada?
Quem o sabe ?
É imprevisível
Previsível é o que sinto e quase ninguém vê
Teu sorriso me comove...
Amor,
Será que o tive algum dia?
Todos seremos esquecidos,cedo ou tarde
Minha essência jamais será descoberta
Serei pó
Grão
Memória

Nada

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