LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


domingo, 19 de junho de 2011

INCONTROLÁVEL...

A dor que carrego no peito,ninguém a tem,podem até fingir
O vazio é imensurável,o sentir não se mede,só de pensar eu choro
Há muitas feridas em mim, ao longo do caminho elas me abraçam,tentando fazer-me rir
Rir...Já nem sei o que é isso,meu semblante triste e eterno já perdeu o brilho e diante do espelho eu coro


Ah Tristeza aguda que se impõe em mim, um alívio ao menos só por um momento
Dá-me,eu suplico avidamente essa graça,desde o meu nascimento Tu me acompanhas
Por mais que eu tente,sorrir já não posso,o coração ferido reclama e de mim Tu as lágrimas ganhas
Tuas irmãs ( ciumentas ):a Solidão,a Angústia proporcionam a mim o maior tormento


Como medir as palavras,se delas só conheço as amargas?Nenhuma me traz a vida,vivo sem cor
Como quero acreditar que elas têm o colorido e irão sem medo,comigo,para aonde eu for!!
Ingênuo!Ingênuo!Ouço a bradarem firmemente,mas uma vez percebo que de mim ninguém tem dó
Sinto o calor da Solidão,o abraço da Angústia e em delírio pressinto um beijo que me tornará pó


Incontrolável essa sensação que de mim se apossa e no ar ressoa a minha sina triste,triste,triste...
Caminho lentamente para o meu leito,se é de morte não se sabe.Ela chega a qualquer hora
Há quem A espere sorrindo,outros pouco se importam,para alguns ( talvez tantos )só a simples menção do nome apavora
O peito muito comprimido,a alma assustada e na face a brisa gélida reforçam uma terrível pergunta:"-Será que meu ser ainda existe?"

Um comentário:

  1. Muito boa sr. Luis carlos.Você para um tempo de escrever mas quando volta a inspiração vem solta.Parabéns!

    ResponderExcluir