Espantado vi tua grandiosidade,
Senti as vidas que por ti passaram
Era criança e quantas crianças também sentiram o mesmo
Por séculos pouco alterada
De ti teus vários peixes me alimentaram
Quantas vezes a chuva te deu carinho...
As pedras em ti, tua fortaleza
Obstáculos há muito combatido
Muitos curvaram-se, desviando-se de ti
Os pássaros nelas descansavam
De muito longe, árvores mandavam suas filhas
Sempre as deixou passar...
Água barrenta que mata a sede
Famílias viveram junto a ti
Cuidado recíproco, simples como a vida
Ao pôr-do-sol tua beleza arranca lágrimas
Amores se consolidaram por gerações
Agora só em lembranças...
Combate-se a qualquer custo toda forma de memória
Prostrado estou diante de ti
Meu pensamento teima em te esquecer
Uma borracha passaram em ti
Santo
Santo
Santo
“- Antônio,vem rezar,não fujas...”
Em silêncio, mãos se erguem ...
Restarão somente as palavras?
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