LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A ti...



Na mão a caneta
Dentro a tinta
Sangue a jorrar palavras
Vindo aos montes assustam os olhos
Nada escapa ao poder delas
Palavras a preencher os espaços em branco
Revelam os segredos mais bem guardados...
O que se diz é o que se sente?
O que se sente será dito?
As palavras vão jorrando, aumentado a minha dor
Não vês?
Está em ti ao perceber com a alma o meu drama
Uma a uma elas aparecem , atônito fico
Sinto o sofrer  grudando na pele...
No labirinto da mente encontro conforto
Meu mundo edênico
Ah, ele vive a confrontar a realidade
As pessoas me assustam e me atraem como o mar
Flutuo no espaço, vejo lugares nos quais desejo estar
Meus pés estão firmes no chão
Lá fora o barulho dos carros
A multidão
Os gritos
A promessa de fim do mundo
Na minha humanidade me perco nas palavras
Essa tinta que não se acaba
Homem do passado vivendo no presente
Perdido no mundo das palavras
Salvo por um beijo de amor que em palavras imagino...

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