LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


terça-feira, 8 de março de 2011

DESRITMADO...

Há no organismo um ser que se impõe soberano,seu nome não ouso pronunciar
Mas,insistente,ele vibra com força tremenda e eu não vejo outra saída...
Não sei como não ouvem? Basta aproximar-se de mim e verão o tamanho da ferida
Ah!!!! Como dói,vivo à mercê das emoções.sobrevivendo,tentando ao menos respirar

O ar que me falta nesse instante,dilacera minha alma,a qualquer instante posso morrer
Carente que sou de teu amor,não consigo calar o sentimento,temo ser abandonada
Aos extremos fico,no vaivem de um amor paradoxo,uma agulha no peito é enfiada
Doce sofrer que me faz sentir vontade de viver,assim é minha rotina querendo-te ter

Meu coração,fora dos padrões, segue desritmado, um herói teimoso,frágil e somente teu
Cuidar de mim não quero,vivo por ti,quando estás perto meu peito acelera e perco a voz
Clamo por um afago,quase sempre te assustas com as batidas dele e o que desejo é ficarmos sós
A arritmia em mim é crônica,doença incurável,assim dizem,não me importa ,se és meu...

Desritmado,desritmado,desritmado...É a ordem desse soberano,a Razão nunca existiu,sou tua
No maniqueismo dos sentires ,sou eu que sofro,fixo em teu olhar envolvente e não sei mais nada
Ele me conduz,sabes o que sinto,querer-te é pouco,vou além disso,amando quero ser amada
Se não for,não te preocupes,estou realizada contigo,adoro quando minha boca encontra a tua...

2 comentários:

  1. Belo Texto prof.
    como sempre,amo o que escreves!
    bj

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  2. Nada como um coração acelerado para nos percebermos vivo.Parabéns!Belo poema.

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