LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


terça-feira, 8 de março de 2011

SOCORRO!!!!!!!...

Um grito ecoa na escuridão,um apelo inaudível,olhos perambulam pela rua quase deserta
Sigo entre eles,sem rumo,estou perdida,vivo de emoções efêmeras,há alguém no Universo para mim?
Uma pergunta proferida em pensamento,resposta até agora não obtida, a vida é muito incerta
Ter Certeza é uma ilusão,passos estão próximos de mim,será ele?Afugento qualquer ideia ruim

A solidão persegue a minha estrada,os passos estão mais nítidos,sinto medo e ansiedade
Músicas alegres se fazem presentes,o ambiente é animador,contrastando com a minha verdade
Meu espírito se dirige para lá,o corpo acompanha,ambos querem se encontrar,ouço um sussurro
Deve ser alguém com medo,motivo não há,rostos felizes se procuram,no meu peito sinto um murro

"-Despertai!! A vida é breve,toda emoção é válida,viva,viva..." O medo de ferir-me não existe mais
Uma gargalhada cala meus movimentos,uma inimiga feroz se põe diante de mim,é o meu castigo
"-Vives assim porque permito." Uma lágrima acompanha as irmãs,a custo o riso ainda persigo
Mãos tocam em meus ombros,aquietam-me,o calor reconfortante me traz a tão sonhada paz

O grito agora é ensurdecedor :"-Socorro,Socorro,Socorro..." O meu semblante implora ajuda
Paralisada,deixo-me abraçar e só escuto uma frase:"-Minh'alma há séculos procura a tua."
Não zombe de mim ó Destino,é esse o meu amado?Duvido que há alguém que me acuda
Socorro,socorro...dissemos juntos,a noite sombria se fez clara e não havia mais ninguém na rua.

DESRITMADO...

Há no organismo um ser que se impõe soberano,seu nome não ouso pronunciar
Mas,insistente,ele vibra com força tremenda e eu não vejo outra saída...
Não sei como não ouvem? Basta aproximar-se de mim e verão o tamanho da ferida
Ah!!!! Como dói,vivo à mercê das emoções.sobrevivendo,tentando ao menos respirar

O ar que me falta nesse instante,dilacera minha alma,a qualquer instante posso morrer
Carente que sou de teu amor,não consigo calar o sentimento,temo ser abandonada
Aos extremos fico,no vaivem de um amor paradoxo,uma agulha no peito é enfiada
Doce sofrer que me faz sentir vontade de viver,assim é minha rotina querendo-te ter

Meu coração,fora dos padrões, segue desritmado, um herói teimoso,frágil e somente teu
Cuidar de mim não quero,vivo por ti,quando estás perto meu peito acelera e perco a voz
Clamo por um afago,quase sempre te assustas com as batidas dele e o que desejo é ficarmos sós
A arritmia em mim é crônica,doença incurável,assim dizem,não me importa ,se és meu...

Desritmado,desritmado,desritmado...É a ordem desse soberano,a Razão nunca existiu,sou tua
No maniqueismo dos sentires ,sou eu que sofro,fixo em teu olhar envolvente e não sei mais nada
Ele me conduz,sabes o que sinto,querer-te é pouco,vou além disso,amando quero ser amada
Se não for,não te preocupes,estou realizada contigo,adoro quando minha boca encontra a tua...