Quantas e
quantas vezes te olhei nos olhos
Longos
diálogos silenciosos, a harmonia presente
Mesmo sentir,
uma voz, um corpo
Nada a nossa
volta era importante
O universo era
o nós
Tu e eu
somente
Obstáculos e
crises, meras circunstâncias de nossa jornada
Ah... Tórridas
noites e dias de amor, inesquecíveis
Tantos planos,
muita vontade
Desconhecíamos
palavras como talvez e cedo
Só o sim
imperando nosso desejo
( quem ama
prudentemente, ama? )
Via-me de
branco, num vestido de sonho
( As amigas
num choro de alegria
As nossas
famílias satisfeitas ( menos que nós )
Os teus amigos
imaginando por que tão cedo ?
Um ou outro
pensando : “ – Será que vai acontecer comigo?”
( Os homens
tentam,mas não entendem dessas coisas )
Tua convicção
me hipnotizava )
Os olhos
festivos em direção a mim
A magia do
momento sorvida a cada respirar
Não ouvia a
música nem sentia o perfume das flores
Só te via ao
deslizar ao teu encontro
O estrondoso
sim
O beijo
A festa
A lua-de-mel
A vida
realmente começando
Mas
Há um porém no
contudo da vida
Nossos olhos
oblíquos
Não há oftalmologista
para o sentimento
Tudo virou
cinza, passado, pesadelo...
O que é o
Amor?
O que é o
Amor?
Respostas
variadas
Sigo com
cicatriz no peito
Meus olhos hão
de encontrar outros olhos
História
repetida?
Não sei
Amar pode ser
um Inferno
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