Um avesso de
mim cava um poço
No infinito do
meu eu uma janela
Entro pela janela
e cavo mais fundo
Vejo uma luz
ainda distante
Há marcas de
pegadas no caminho
Não são minhas
Não são minhas
Topo em um
osso
Com ele a
escavação vai mais longe
A luz está
mais próxima
Percebo
sombras
No fundo poço
do poço de mim
Buraco negro
Sei que não
vou me achar
O outro avesso
de mim estende a mão
E deita meu
corpo num corpo que não conheço
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