Enquanto
caminho pela estrada da vida
Sigo
recordando os passos dados
Mal ou não,
sigo
A cada passo
as emoções se confundem
Odores
insistem em me acompanhar
Olho para
trás,nenhum vulto
A tristeza
pesa os ombros
Ninguém a me
seguir
Aquele amor
que jurou não me esquecer
Aquela boca a
derrotar minha língua
Aquele
suspiro, os ais,os talvez,os todavia
Ficaram só em
mim
Quantas vezes
fiquei de porre
Cometi
loucuras
Passei tantas
noites em claro
Ah se eu
soubesse que alguém só queria o meu
sinal de vida
Quero os meus
fantasmas a me perseguir
Amigos e amigas deixei pelo caminho
( como fui
egoísta,insensível... )
O meu olhar se
volta para os lados
Nenhuma mão a
carregar a dor comigo
A vista
turva,correntes nas pernas,fardo tão grande
À frente de
mim o impreciso
Sigo
adiante,não tem jeito
Vejo cacos
espalhados pelo chão
Formas,cores,cheiros,tamanhos
Nenhum espanto
sobre eles
Pedaços do
passado a oferecer uma chance
As mãos sem
forças tentam recolher um a um
Uma luta feroz
A cada colagem
o vigor no corpo a fluir
Será assim
mesmo
Há chance para
recomeçar
O mosaico em
mim ganha forma
Bem lá no
fundo um eu que nunca se mostrou
Viagem no
vazio sem fim de mim
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