Juro, é de
coração, pode confiar
Toda vez e às
vezes ele dizia
O que escorria
de sua língua a passear nos poros da imaginação
Cada ato um
ato a se redimir
Na inconstância
do sentir revigorava a promessa
Bílis a
adocicar o querer
O amor vive de
si mesmo
Segura em sua
redoma de fantasias ela estava
No calor dos
beijos, abraços e carícias, o esquecimento
O corpo forte
frágil a esconder o segredo
Ilusão
ganhando forma, cor, vontade e desejo
Eu te amo, tu
bem o sabes
Hipócrates a
rir no túmulo
Juro que o que
te digo agora é no agora de nós
Pouco importa
o ontem e o depois
Juro que de
constantes juras, novas ou não, te direi: é de coração, pode confiar
Nela um riso
Segredo a se
revelar
Ela o tem nas
mãos
Amar, domínio
dela
O amor, ah o
amor, cada um o vive a sua maneira
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