LÉO VINCEY - POETA,CRONISTA,CONTISTA ,LOCUTOR...


quarta-feira, 30 de abril de 2014

Rendição...

Tréguas te peço
Em mim o sangue escorre
Teu nome grito
Ensurdeço o Universo
Loucura?
Exagero?
Tu me fazes assim
Ando sem eira nem beira tocado por ti
Aflição tornou-se companheira
Alegria nos olhos,corpo,alma,visíveis
Medo?
Cuspo na cara dele
Vou sofrer
E daí
Tu,força de que preciso
Ninguém de ti escapa
Poder tremendo exerces em mim
Tuas facetas me tatuam
Como não render-se?
Viver sem ti não é vida
Sem ti
Frio ameaçador
Amor que move o mundo

Em tuas mãos estou...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

...

O meu dialeto,retalhos de mim
Vocábulo de guerra,nativo violado
Estrangeiro escravo pária
Migro em mim condenado a mutar
Identidade geográfica, casca fissurada
No espaço da língua o homem
Babel, ficção revisitada
O meu dialeto, convenção

Invenção dos gomos em mim

sábado, 19 de abril de 2014

...

Olhando as páginas de minha vida
Muitas delas um rascunho
Amareladas pelo esquecimento
Sinto a lágrima insistente cair
A memória comprometida força a cena
Rascunhos a perseguir o meu presente
Os lábios tremem
Os olhos marejados
Um nome a preencher o silêncio
Meu corpo anseia ser alimento
Disso ninguém foge
Por que não me arrisquei mais na vida?
Por que tive medo?
A vida é só uma,bem ou mal vivida,importa viver...
Abraços me acariciam
Bocas me confortam
Nada sacia essa vontade
Tua presença em mim persiste
Rascunho a colorir meus dias
Joia cobiçada
Na estante fotos de nós a celebrar
Teu ritmo intenso, em mim parco
À noite tua boca em mim

Leveza do fim de mim

quarta-feira, 2 de abril de 2014

...

Vem sorrateiro
Lentamente na rotina do dia
À calada da noite
O medo a calar se expande
Do pão e circo,vício
No deserto parcas vozes a gritar
Arautos do Nada
Amigos do esquecimento
Tudo a vigiar
Cérebros diluídos
Pouco a pouco
Minando as forças
Vem sorrateira
Ávida de aplausos
A Lei
Silenciosa
Monarca déspota e egoísta
Aliada a quem pode mais
É cega
Surda
Depravada
Chicoteia nos lombos incautos os carinhos
Dane-se a Honra
A Verdade
A Justiça
Vem mancando
Sem olhos
Sem voz
Sem audição
Trapos enfeitados de homem
Se do barro
Ou da explosão
Seja do que for
Vem
Gira a roda da vida e do mundo
Um ser estranho observa